10/10/2019
EURICLYDES ZERBINI

EURYCLIDES DE JESUS ZERBINI: BIOGRAFIA E CONTRIBUIÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DO TRANSPLANTE CARDÍACO NA AMÉRICA LATINA

Autores: Adalberto C. Roesler, Fernando Sehnem, Vinicius Molling

Resumo: O presente artigo trata da figura de Euryclides de Jesus Zerbini, médico responsável pela realização do primeiro transplante de coração no Brasil e o quinto na América Latina e fundamentador do Instituto do coração do Hospital Das Clinicas da Universidade de São Paulo. Nascido em Guaratinguetá no ano de 1912, ingressou na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), em 1930.  Sabe-se hoje, que foi graças ao seu empenho que se iniciaram os procedimentos cardíacos em nosso país, assim como o mesmo foi responsável pelo desenvolvimento a nível nacional dos instrumentos necessários para a realização desses procedimentos. A fim de melhor conhecer a história de um médico tão importante em nossa história, assim como de difundir o conhecimento gerado no meio acadêmico, que pouco estuda o assunto, foi realizada uma pesquisa histórica interpretativa que se propõe a analisar a biografia de Euryclides, a qual foi dividida em formação, trabalho, aposentadoria e legado, as quais irão abordar a evolução da cirurgia cardíaca e do transplante de coração em nosso país, e de que maneira Euryclides pôde contribuir para esse desenvolvimento. Para tal, foi realizada pesquisa na literatura, por meio de artigos científicos e documentos eletrônicos que abordassem o tema em questão.

Palavras chaves: EURYCLIDES DE JESUS ZERBINI, CIRURGIA CARDÍACA, TRANSPLANTE CARDÍACO, FORMAÇÃO MÉDICA.

Abstract: This article deals with the figure of Jesus Zerbini Euryclides, physician that conduced the first heart transplant in Brazil and fifth in Latin America and found the Heart Instutite of the Hospital de Clinicas, from University of São Paulo. He has born in Guaratingueta in 1912, joined the Course of Medicine from the University of São Paulo (USP) in 1930. It is now known that it was thanks to his efforts that began cardiac procedures in our country, as it was responsible for the development of national instruments necessary to perform these procedures. In order to better understand the story of a doctor so important in our history, as well as to disseminate the knowledge generated in academia, which some studies the subject, a survey was conducted historical interpretative aims to analyze the biography of Euryclides the which was divided into training, work, retirement and legacy, which will address the evolution of cardiac surgery and heart transplantation in our country, and how Euryclides could contribute to this development. To this end, we searched the literature through papers and electronic documents that addressed the topic in question.

Key-words: EURYCLIDES DE JESUS ZERBINI, TORACIC SURGERY, HEART TRANSPLANT, MEDICAL FORMATION.

Introdução
Euryclides de Jesus Zerbini (1912-1993) tornou-se um importante nome da ciência médica brasileira, consagrando-se internacionalmente por ser o quinto cirurgião do mundo a realizar um transplante de coração, bem como o primeiro a realizar tal procedimento no Brasil. Por meio do entusiasmo e da iniciativa do Dr. Zerbini, a cirurgia cardíaca no país desenvolveu-se exponencialmente, elencando o Brasil como referencia na área cardiológica.

Conquanto buscasse seu próprio aperfeiçoamento acadêmico e profissional constante, Euryclides sempre procurou difundir seu conhecimento e técnica a todos os  outros profissionais da saúde, contribuindo, assim, com o desenvolvimento do país. Por meio de seu trabalho e patriotismo, o Brasil passou de mero importador de dispendiosos equipamentos para cirurgia cardíaca, à fabricante. Além disso, criações como as “Caravanas Zerbini”, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, a Revista Brasileira de Cirurgia Cardiovascular e o Instituo do Coração, constituíram importância inestimável desenvolvimento da especialidade (STOLF, BRAILE, 2012).

E.J. Zerbini, como gostava de ser mencionado, possui lugar privilegiado não somente na história da medicina brasileira como também na história da medicina internacional (STOLF, BRAILE, 2012). Rever sua trajetória de vida, bem como o legado deixado pelo seu árduo e pioneiro trabalho, não apenas valoriza todo seu trabalho, como também traz um caráter educacional às futuras gerações. Por fim, a presente pesquisa tratará da vida de Euryclides, seguindo uma ordem cronológica que inclui formação profissional, trabalho, aposentadoria e o legado deixado, fundamentalmente, as suas principais realizações que repercutiram mundialmente e geraram benefícios a toda a nação.

Para a construção do trabalho, foi realizada uma pesquisa histórica interpretativa nos livros de História da Medicina, dos quais não se pôde obter muita informação. Além disso, foram pesquisadas fontes nos meios eletrônicos, principalmente o Scielo, do qual foi selecionado o artigo que melhor fundamentou esta pesquisa. A busca foi feita pelo nome do médico em questão, além de artigos de cirurgia e transplante cardíacos. Os artigos encontrados foram analisados e separados criteriosamente para posterior construção. É, ainda, importante destacar que a formatação do trabalho segue as normas da ABNT.

1 Formação
Euryclides de Jesus Zerbini foi, sem dúvida, um dos maiores nomes da medicina brasileira. Esse reconhecimento de deve por ter sido ele o responsável pelo primeiro transplante de coração do Brasil, além de ter sido o quinto médico no mundo a fazer esse procedimento, o que demonstra seu espírito pioneiro (STOLF, BRAILE, 2012).

Zerbini nasceu em Guaratinguetá, estado de São Paulo, no dia 7 de maio de 1912. Seu pai foi Eugênio Zerbini, nascido na Itália e sua mãe, Ernestina Zerbini, registrada na Argentina. Eugenio e Ernestina sempre cobraram muito de seu filho nos estudos, e foi por influência do pai ele que decidiu seguir a carreira médica. Em 1930, foi aprovado no vestibular na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), em 1935 graduou-se médico.

No Hospital São Luiz Gonzaga em São Paulo, Zerbini atuava como cirurgião geral, mas já demonstrava grande habilidade na cirurgia torácica, fazendo muitas cirurgias para tratamento de tuberculose, doença de alta prevalência na época.  Em fevereiro de 1942, um menino de sete anos foi recebido na emergência da Santa Casa com um estilhaço metálico que penetrara o precórdio. Na época, só eram feitos procedimentos cardíacos nas salas de autópsia. Zerbini, que nunca havia feito abordagem cirúrgica no coração, foi chamado para atender o paciente em questão. O estilhaço havia perfurado a artéria coronária anterior e o medico optou por operar, suturando a artéria acometida, o que culminou com a sobrevivência do paciente. Esse caso foi o primeiro procedimento de sutura cardíaca com sucesso no país e, um ano depois, o procedimento foi publicado no Journal of Cardiac Surgery (STOLF, BRAILE, 2012).

No ano de 1944, Zerbini foi aos Estados Unidos em busca de melhor formação na área, devido aos recursos escassos do Brasil na época nesta área. Um ano depois de conviver com as mais avançadas técnicas disponíveis na medicina Americana, Zerbini voltou ao Brasil trazendo todo o conhecimento adquirido, o que incluía vários fundamentos para a cirurgia torácica moderna, além dos conceitos iniciais sobre cirurgia cardíaca (BRAILE, GODOY, 1996).

2 Trabalho

Imediatamente após retornar ao Brasil, Zerbini iniciou o pioneirismo em variados tipos de procedimentos, sustentado pelo conhecimento que adquirira no exterior. Realizou a segunda cirurgia de Blalock-Taussig no Brasil, a primeira ligadura de um ducto arterial patente em um jovem de 18 anos e a primeira reparação de uma coartação da aorta no país. Em meados de 1952, iniciou os procedimentos intracardíacos, com hipotermia moderada, para tratar cardiopatias congênitas simples, como comunicações interatriais (STOLF, BRAILE, 2012).

Euryclides continuou buscando novos avanços referentes à cirurgia cardíaca para trazer ao Brasil. O amplo desenvolvimento da cirurgia cardíaca a céu aberto - a qual permite a visualização direta dos defeitos – nos Estados Unidos, ocorreu em 1955, causando crescente interesse no Brasil, com a realização de procedimentos experimentais e com a implantação de novas tecnologias. Já com uma base bem estabelecida, Zerbini viajou para Minneapolis – a meca da cirurgia cardíaca à época-, em 1957, a fim de familiarizar-se com a circulação extracorpórea e as técnicas que envolviam as complexas operações intracardíacas (STOLF, BRAILE, 2012).

Assim que retornou ao Brasil, uma vez que tinha aprendido as técnicas para a realização de cirurgias com circulação extracorpórea, junto de sua equipe, Zerbini começou a realizar esses procedimentos no país. Um dos grandes problemas encontrados era quanto aos equipamentos, que eram todos importados e muito dispendiosos para a realidade brasileira. Foi aí então que se pôde observar a grandiosidade de Zerbini, que se preocupou também em tornar as tecnologias disponíveis à realidade do país. Euryclides criou, no subsolo do Hospital das Clínicas, a Oficina do Coração-Pulmão Artificial, destinada à criação e à manutenção de equipamentos para cirurgia cardíaca, ao invés de adquiri-los fora do Brasil. “Com sua simplicidade, ele dizia: ‘Desmontem essas máquinas enormes que nos são vendidas por altos preços, vocês verão que são caixas pretas com meia dúzia de componentes no seu interior, e que podemos desenvolver aqui sem nenhum problema’. ” (STOLF, BRAILE; 2012).

As iniciativas de Zerbini motivaram a criação de grupos interessados no desenvolvimento de tecnologias para a realização de cirurgia cardíaca no Brasil, promovendo um grande avanço nacional nessa área.

Essa unidade incipiente foi o embrião da Divisão de Bioengenharia do Instituto do Coração (InCor). Ao memo tempo e da mesma maneira, um Laboratório Experimental, específico para testes dos equipamentos e desenvolvimento de técnicas pioneiras, foi criado junto ao Departamento de Técnica Cirúrgica. Isso possibilitou que todos os produtos, assim como as novas técnicas, fossem testados pela equipe, geralmente em cães, antes de iniciar, em 1958, o seu uso permanente em pacientes. (STOLF; BRAILE; 2012).

A despeito de todo avanço científico e tecnológico obtido pelo empenho do doutor Zerbini e sua equipe na cirurgia cardíaca no país, o número de óbitos pós-cirurgia era muito elevado. Devido à isso, Euryclides incumbiu o anestesiologista Ruy Vaz Gomide do Amaral de estudar as razões dos insucessos. Ruy, após passar algum tempo nos Estados Unidos, descobriu que uma das grandes razões dos óbitos era devido à circulação extracorpórea, a qual gerava intensa acidose após o procedimento nos pacientes. Dessa forma, Zerbini adquiriu o primeiro aparelho de gasometria do Brasil. A partir desses estudos, outros conhecimentos foram agregados, elucidando assim várias incógnitas incrustradas em tais procedimentos (BRAILE, GODOY, 1996).

Com resultados cada vez melhores, o prestígio do doutor Zerbini foi crescendo cada vez mais, não somente entre os pacientes, como também entre os demais médicos brasileiros e de toda a América Latina, que acabavam vindo ao Brasil em busca de treinamento. Visando atender a toda essa demanda, Euryclides criou as “Caravanas Zerbini”, que foram as grandes responsáveis pela difusão das técnicas da cirurgia cardíaca no Brasil e em grande parte da América do Sul.

Para maior difusão das técnicas e da viabilidade da Cirurgia Cardíaca como realidade acessível a todos, no início dos anos 60, o Prof. criou as “Caravanas Zerbini”. Essas deslocavam-se por todo o Brasil e muitos países da América do Sul, com uma equipe completa de cirurgiões, perfusionistas, anestesistas e cardiologistas. Levavam todos os equipamentos necessários para realização do diagnóstico e tratamento das doenças do coração, em hospitais de cidades que não estavam preparados para viver a nova realidade. Os resultados foram à altura do sacrifício e trabalho que tais deslocamentos representavam para seu Líder e toda sua animada equipe. (STOLF; BRAILE; 2012).

Zerbini foi o primeiro presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (SBCCV). Além disso, foi um dos que estimularam a criação, em 1986, da Revista Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (RBCCV). Desde então, tanto os congressos quanto a revista cresceram exponencialmente, servindo de exemplo para outras sociedades. Atualmente, segundo os autores Noedir A. G. Stolf e Domingo M. Braile, no artigo Euryclides de Jesus Zerbini: uma biografia, a Cirurgia Cardíaca está em todas as capitais e nas maiores cidades, de norte a sul e de leste a oeste do Brasil. O número de procedimentos cardíacos é o segundo maior do mundo, realizados por mais de 1.000 cirurgiões cardiovasculares, reunidos na SBCCV (STOLF, BRAILE, 2012).

O primeiro transplante cardíaco foi realizado em dezembro de 1967, pelo Doutor Christian Bernard, em Cape Town, África do Sul, embora o paciente tenha sobrevivido apenas 18 dias após a cirurgia. No mesmo mês, Kantrowitz realizou transplante em uma criança nos Estados Unidos, mas não obteve sucesso. Imediatamente, o professor Zerbini reuniu a equipe e outros especialistas para iniciar o preparo para a realização do transplante cardíaco. Sendo assim, a equipe realizou o primeiro transplante cardíaco em maio de 1968, tendo o paciente sobrevivido por 28 dias após o procedimento. Apesar disso, a repercussão foi extraordinariamente positiva, tanto que o governador do estado de São Paulo na época, André Sodré, aprovou a liberação de recursos para a construção do Instituto do Coração (InCor), um dos maiores complexos hospitalares do mundo, dedicado a diagnóstico, tratamento e pesquisas de doenças cardiovasculares. Sem dúvida, esse foi o momento em que o Brasil, liderado pelo doutor Zerbini, deu um grande passo como referência em tratamento cardíaco. (STOLF, BRAILE, 2012).

O interesse despertado pelos transplantes cardíacos, dentro e fora do Brasil, foi muito grande, tanto frente ao público leigo, como junto à comunidade médica e científica. No contexto internacional, o Brasil e o Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo foram inseridos entre os centros pioneiros da nova conquista. Em um Simpósio realizado na Cidade do Cabo, o Prof. Zerbini esteve entre os 13 cirurgiões pioneiros, debatendo aspectos dessa terapêutica embrionária. (STOLF; BRAILE; 2012).

A execução do projeto do Instituto do Coração (InCor), vinculado ao Hospital de Clínicas da FMUSP foi outro sonho realizado por Zerbini. O Prof. Zerbini lutou muito para a realização desse sonho, mobilizou políticos e empresários para arrecadar fundos, e fundaram a Fundação para o Desenvolvimento da Bioengenharia (FUNDEBE), que mais tarde veio a se chamar Fundação Zerbini. Até hoje, o InCor é referência na America Latina e no mundo para a cirurgia cardiovascular (BRAILE, GODOY, 1996).

3 Aposentadoria

Em 1982, com 70 anos, o Prof. Zerbini se aposentou da USP, todavia continuou na cirurgia, operando no Hospital Da Beneficência Portuguesa de São Paulo, onde conduzia vários trabalhos, dentre eles o programa de transplante cardíaco. Após sua aposentadoria, Zerbini continuou publicando diversos trabalhos e viajando para falar de seus trabalhos.                    

" Participou ativamente de todas as atividades associativas; viajou por todo o Brasil, jamais recusando um convite,mesmo de entidades de pouca expressão, em cidades afastadas dos grandes centros. A humildade e o amor ao trabalho foram suas marcas registradas." (STOLF; BRAILE; 2012).

4 Legado

Em 23 de outubro de 1993, o Prof. Euryclides Zerbini faleceu no InCor, depois de passar por um curto e duro tratamento devido a um tumor cerebral diagnosticado tardiamente. O papel de Zerbini no desenvolvimento da cirurgia cardíaca é bem conhecido e reconhecido em todo o mundo. O seu pioneirismo lhe rendeu diversos prêmios internacionais: recebeu 125 títulos honoríficos e inúmeras homenagens de governos de todo o mundo e participou de 314 congressos médicos (STOLF, BRAILE, 2012).

Suas contribuições ultrapassaram as técnicas cirúrgicas e se estenderam para a bioengenharia, para o social e até para a economia do país. Zerbini criou no InCor, a divisão de biotecnologia, uma unidade para criação de produtos para a cirurgia cardíaca, deixando assim, de importar esses materiais dos EUA. A partir dessa iniciativa, passou a se produzir no Brasil diversos equipamentos para a cirurgia cardíaca a um custo compatível com a realidade brasileira (STOLF, BRAILE, 2012). Várias empresas foram fundadas com a sociedade ou consultoria de Zerbini, e outro sonho do professor foi realizado: fazer o Brasil passar de importador para exportador de tecnologias; movimentando assim a economia do país. Hoje diversas empresas brasileiras e multinacionais com empregados brasileiros abastecem o mercado mundial de cirurgia cardíaca, nada disso seria possível sem os trabalhos de Euryclides. Ainda, nas oficinas do InCor, criado pelo professor, foi desenvolvido o primeiro ventrículo artificial da America Latina. Nos anos 70, Zerbini, mostrando sua preocupação social, desenvolveu um marcapasso cardíaco com um valor acessível para a comunidade mais carente (BRAILE, GODOY, 1996).

Analisando a história e legado do professor Zerbini, pode-se perceber que seu maior feito não foi somente a realização do primeiro transplante cardíaco da America Latina, motivo pelo qual é mais conhecido. Essa realização ajudou a garantir prestígio para por em prática seu projeto de criação do Instituto do Coração, onde até hoje são desenvolvidas tecnologias de ponta para a cirurgia cardíaca em todo o mundo. 

Conclusão
Este artigo pretendeu reunir informações sobre a vida, trabalho e legado do doutor Euryclides de Jesus Zerbini, principalmente no que tange a sua substancial contribuição no desenvolvimento da cirurgia cardíaca no Brasil, servindo assim como material educacional aos estudantes e profissionais médicos. Zerbini tinha um propósito maior do que simplesmente o crescimento acadêmico e profissional: transferir o seu conhecimento e técnicas aprendidas a todos os outros profissionais médicos, convertendo tudo isso em benefício à sociedade.

Doutor Euryclides liderou todas as iniciativas que proporcionaram avanço na cirurgia cardíaca do país. Por meio das “Caravanas Zerbini”, realizou uma demonstração democrática de patriotismo e dedicação aos colegas e pacientes, e por meio da criação da SBCCV, da RBCCV e da realização do primeiro transplante cardíaco da América latina, sendo um dos estímulos para a construção do InCor, demonstrou o seu apoio a atividade associativa, fazendo dela um elemento de congraçamento dos colegas e de desenvolvimento da especialidade.

Referências bibliográficas
STOLF, Noedir A. G.; BRAILE, Domingo M. Euryclides de Jesus Zerbini: uma biografia. Rev Bras Cir Cardiovasc vol.27 no.1 São José do Rio Preto Jan./Mar. 2012. Disponível em:http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S010276382012000100020&script=sci_arttext. Acessado em 20.Março.2013.

Lima R, Lucchese FA, Braile DM, Salerno TA. A tribute to Euryclides de Jesus Zerbini, MD. Ann Thorac Surg.2001;72(5):1789-92. Rev Bras Cir Cardiovasc vol.27 no.1 São José do Rio Preto Jan./Mar. 2012. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-76382012000100021&script=sci_arttext. Acesso em 23.Março.2013

Braile DM, Godoy MF. História da Cirurgia Cardíaca. Arq Bras Cardiol. 1996; 66(1):329-37. Disponível em: http://www.sbccv.org.br/residentes/downloads/historia_cirurgia_cardiaca_mundo.pdf. Acesso em 26.Março.2013

Zerbini, EJ. A Cirurgia Cardiovascular no Brasil: Realizações e Possibilidades. Rev Bras Cir Cardiovasc, 2010; 25(2): 264-77.

Araujo CS. Dr. Zerbini o operário do coração. Bandeirante: São Paulo; 1988. p.220.

¹Artigo realizado com a colaboração de Marina Butzke e com  a orientação dos professores do Módulo Educação e Ética Médica da FAMED UPF, 2013.

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