OBJETIVOS
Após um período sem gostar da profissão que faz, a pessoa passa a desenvolver doenças ocupacionais como TEPT, Bournout, Sísifo e outras. No presente curso, primeiro vamos avaliar o nosso nível do gostar. Depois, veremos fatores responsáveis pelo nosso gostar e pelo nosso não gostar. Mais adiante, as síndromes e como evitá-las. É possível passar a gostar de uma atividade que não estamos gostanto?
MÓDULOS:
- Avaliação pessoal;
- Exaustão e suas síndromes;
- Fases;
- Superando as síndromes;
- A prevenção passa pelo processo de gostar;
- Atitudes para melhorar o gostar.
A todos que se interessaram por este curso:
Recém formado médico pela UFSM, iniciei especialização em psiquiatria na UFRGS que me ocupava o turno da noite e ou manhã ou tarde. No turno que sobrava consegui emprego no Hospital Psiquiatrico São Pedro. Na época havia lá em torno de 3.600 pacientes e havia carencia de tudo. Passei a ser o médico de 100 pacientes num contrato de 3 horas por dia. Via-os em grupo e, pasmem, nunca individualmente, não havia tempo.
Numa cafeteria que havia no hospital - habitada por milhares de moscas que eram atraídas e eletrocutadas numa grade eletreficada que havia no teto - passei a encontrar alguns medicos visivelmente desanimados. "Com tanto trabalho para fazer e eles aqui no meio das moscas". Não demorou muito e eu comecei a perceber crescer em mim a vontade de permanecer na cafeteria das moscas em vez de na enfermaria com meus 100 pacientes.
Minha salvação foi um homem uns dez anos mais velho que eu, enfermeiro, casado, dois filhos pequenos, que trabalhava no Hospital São Pedro mas ambicionava um dia trabalhar no Hospital de Clínicas. Perguntei a ele, certo dia: "Como é que você consegue chegar aqui todos os dias sempre disposto e nunca te vejo na cafeteria das moscas...". Me tornei seu aluno. Ele me ensinou o que fazer.
Desde então, passei a me interessar pelo tema - como gostar da profissão. Vou compartilhar algumas idéias com vocês.
Att Jorge Salton